O consumo de açúcar e o cancro estão relacionados de uma forma mais intrínseca do que imagina. Vários estudos têm feito a ligação entre a alimentação rica em glicose e o aparecimento de doenças cancerígenas.
Sabe como estão relacionados o consumo de açúcar e o cancro? Então, venha descobrir com o 1001 Dietas.
Os avanços da ciência têm vindo a revelar-nos diversas novidades no que diz respeito à relação entre a saúde e a nutrição.
Hoje em dia, mais do que as dietas da moda e a forma como oferecem “milagres rápidos” de emagrecimento, começa a haver uma procura pela vida saudável, que nos remete para as alternativas mais sadias e que permitem um organismo mais funcional e saudável.
Os estudos têm questionado os vários alimentos. Perguntas sobre se o leite faz mal ou sobre o papel do sal na diabetes têm gerado respostas que nos deixam simultaneamente alarmados e conscientes sobre o papel da nutrição na regulação do nosso organismo.
Não faltam estudos nem dados estatísticos que confirmem esta realidade: as nossas escolhas alimentares correspondem a um corpo mais ou menos saudável.
Por entre os estudos realizados, ao redor do globo, muitos têm vindo a focar-se nos malefícios do consumo de açúcar. Muito embora várias perguntas possam ser feitas sobre os açúcares – incluindo qual o mais saudável, se o açúcar branco, amarelo ou mascavado – a que nos ocupa hoje diz respeito à forma como o consumo de açúcar e o cancro estão relacionados.
Se quer saber como se relaciona o consumo de açúcar e o cancro; não deixe de ler o artigo que preparámos a pensar em si.

A alimentação, a glicose e o cancro: estarão relacionados?
A forma como nos alimentamos tem um impacto geral sobre a nossa saúde.
Estarmos conscientes deste facto é justamente o que nos faz procurar os benefícios dos alimentos, questionando, por exemplo, quais as vantagens de consumir majericão, quais os benefícios da manga para o organismo ou quais os benefícios do chá vermelho para a saúde.
Sabemos, hoje mais do que nunca, que a relação entre a alimentação e o corpo é real, havendo provas, entre outras coisas, de que nutrição e fertilidade se relacionam entre si e de que a obesidade pode provocar queda de cabelo.
O impacto da nutrição na nossa vida, no entanto, é intenso. E o risco de vir a desenvolver uma doença cancerígena relaciona-se, também, com as nossas escolhas alimentares.
Para começar, o sobrepeso e a obesidade têm uma relação direta com o sobrepeso, sendo que as doenças tumorais são mais comuns em obesos, principalmente quando a sua alimentação se baseia fortemente em comidas rápidas e açucaradas.
Ao longo dos anos, muitos estudos têm associado o consumo de glicose com o aparecimento de tumores cancerígenos.
O que é a glicose?
Resumidamente, podemos definir a glicose como uma molécula do grupo dos hidratos de carbono. Esta apresenta-se como um hidrato de carbono simples e é mediante a sua degradação que se dá a produção da energia necessária para o funcionamento do organismo. (1)
Esta molécula é essencial para garantir o aporte energético de que o corpo humano necessita para se manter saudável. Ainda assim, o seu excesso no organismo está, também, associado a diversos problemas de saúde.
2. Como se relaciona o consumo de açúcar e o cancro? O que dizem os estudos?
Nos anos 50 do século XX surgiu a primeira evidência científica de que a glicose poderia ter um impacto no aparecimento de doenças cancerígenas, sendo feita a primeira ponte entre o consumo de açúcar e o cancro.
O cientista Otto Warburg terá, mediante este estudo, descoberto que as células cancerígenas metabolizam os açúcares de forma diferente, absorvendo uma quantidade de glicose muito superior à das restantes células do organismo. Este fenómeno ficaria conhecido como o “Efeito Warburg”. (2)
O uso da glicose pelas células cancerígenas (tal como acontece com as não-cancerígenas) prende-se com a necessidade de obterem energia. Ainda assim, tal como desde os anos 50 se defende, a diferença fundamental reside na quantidade de glicose consumida pelas células tumorais e pela rapidez da sua decomposição.
Mais recentemente, em 2008, estudos têm revelado que a hiperatividade no consumo de açúcar pelas células cancerígenas tem um papel, não só no aparecimento mas também no crescimento e expansão do cancro, mediante a ativação, na presença do açúcar, de uma proteína passível de mutações, a proteína Ras. (3)
Assim, os estudos apontam para uma relação entre o consumo de açúcar e o cancro, havendo uma maior probabilidade de contrair este tipo de doença e de a agravar quando o consumo de glicose é excessivo.
3. Uma pessoa com cancro pode consumir açúcar?
O facto de existir uma relação entre o consumo de açúcar e o cancro não significa que deva haver um corte completo com o consumo de açúcar.
Uma pessoa com propensão genética para o cancro ou que já tenha uma doença oncológica deverá basear a sua alimentação nos princípios da nutrição saudável, apostando no equilibrio, na moderação e na variedade.
A manutenção de uma alimentação equilibrada não irá remover por completo o consumo de açúcares, embora possa moderá-lo. Assim, o mais importante, para uma pessoa com propensão para doenças oncológicas ou que tenha um cancro será manter uma alimentação saudável e uma vida ativa. (4)
Dicas para evitar o consumo de açúcar
Se sente que está a consumir demasiado açúcar, pode seguir algumas das seguintes dicas para reduzir a ingestão de glicose: (5)
– Evite refrigerantes, privilegiando o consumo de água;
– Beba os seus chás (como o chá de boldo ou o chá de folhas de framboesa) sem açúcar;
– Substitua o açúcar nos seus cozinhados por especiarias como a canela ou o cacau;
– Prefira frutas frescas a frutas cristalizadas.
Já conhecia a relação entre o consumo de açúcar e o cancro? Estava ciente de que houvesse uma ligação tão estreita entre estes conceitos? Conte a sua opinião aos restantes leitores do 1001 Dietas.
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