Spinning e o crossfit depois dos 35 anos, a leveza do ser
Nos dias de hoje as pessoas estão cada vez mais orientadas para a prática de atividade física. Muitas delas são, sem dúvida, jovens que desejam manter o seu corpo apelativo e se rendem aos desportos. Ainda assim, outras gerações têm também orientado os seus esforços para esta noção de vida saudável.
Hoje, o foco do 1001 Dietas lança o olhar sobre pessoas já perto dos 40 anos (ou com uma idade superior), que dão por si a lutar por uma vida mais saudável.
Venha saber, com 1001 Dietas, como é a vida quando a idade não pesa, através da experiência destas pessoas de meia-idade, iguais a nós, que se dedicam ao spinning e ao crossfit.
Porto, Figueira da Foz e Lisboa são os locais que servem de cenário à atividade física de três pessoas bem distintas, mas que têm algo em comum: o desejo de se manter saudáveis, através da prática de atividades intensas como o spinning e o crossfit. O que mais têm em comum estas pessoas? Todas têm mais do que 35 anos!
Francisco Pereira é o mais jovem do grupo, com 37 anos de idade. Residente na capital, iniciou em 2014 a prática de crossfit e afirma que esta decisão foi motivada pela “tomada de consciência de que se encontrava em muito má forma”.
Até hoje, não deixou esta atividade. Mantém uma rotina ativa, da qual faz parte, diariamente, 1 hora de treino intenso. A estes, soma ainda a prática de natação e BTT.
Lado a lado com o mar, Maria Almeida, de 58 anos, é também uma atleta do quotidiano. A Figueira da Foz, onde reside desde 2004, foi o local onde começou a sentir o gosto pela atividade física.
“Começou por ser apenas um pouco de cardio no ginásio”, explica-nos. Mas a história não terminou por aí. Do cardio à musculação, até às aulas de grupo; o salto foi progressivo e sempre ascendente. “É um vício”, comenta.
Atualmente, pratica musculação, ginástica localizada, bio-tonus e spinning. Além disso, mantém uma rotina ativa fora do ginásio, apostando em corridas e caminhadas.
A sua paixão, no entanto, é o spinning, atividade que pratica cinco vezes por semana, em aulas de 45 minutos.
Subindo até à região nortenha, encontramos Júlia Lopes. Tem atualmente 45 anos e afirma convictamente que sempre teve “uma má relação com o desporto”. Conta-nos que o seu despertar para a necessidade de se exercitar nasceu em 2013, depois de umas “análises médicas assustadoras” e que, desde então, começou a frequentar ginásios.
“É muito complicado percebermos que não estamos a dar nada ao nosso corpo. Tenho filhos e insisto sempre que devem colocar primeiro o seu bem estar… não era isso que eu estava a fazer”.
Não era, mas agora é. Faz máquinas de cardio e musculação no ginásio e integra as aulas de spinning. Conta-nos, também, que chegou a praticar crossfit mas que se viu forçada a desistir por falta de tempo e porque “os encargos financeiros exigiram que fizesse uma escolha”.
Escolheu o spinning e não se arrepende. Afirma que é a atividade da qual gosta mais. “O spinning não trabalha só o corpo, sinto mesmo que a minha mente está a ser trabalhada e sinto-me muito melhor depois das aulas”, afirma, referindo-se às três aulas semanais que a levam ao ginásio.
Alguns aspetos ligam estas três pessoas que não se conhecem entre si. São praticantes de spinning depois dos 35 anos ou atletas de crossfit depois dos 35 anos.
Quando questionadas sobre os motivos da sua procura pela vida fit, todos mencionam a necessidade de cuidar do corpo e o prazer (por vezes inesperado) que encontraram na prática das atividades.
Além disso, quando lhes pergunto as desvantagens da prática de crossfit e de spinning, todos parecem algo atónitos e, depois de alguma ponderação, confessam não saber qualquer desvantagem.
Sobre as vantagens não dizemos o mesmo. Em resposta às perguntas do 1001 Dietas, Francisco destaca, no crossfit, o “incremento da capacidade física nas suas diferentes dimensões, como o metabolismo e a força” e acrescenta que recomendaria esta atividade a qualquer pessoa, “inclusivamente pessoas que apresentem limitações físicas, sejam de que tipo forem”, já que o crossfit é uma atividade “adaptavável a diferentes níveis de condicionamento físico”.
Afirma Maria corrobora com a ideia, salientando que, no spinning “não se trata só do bem-estar físico, mas psicológico e emocional”.
Acrescenta ainda que teve sorte com as pessoas que conheceu no ginásio e que “a componente social é importante” e que o acompanhamento do treinador permite que a atividade se adapte a cada pessoa, sendo possível, por isso, a prática de spinning depois dos 35 anos.
Júlia destaca, acima de tudo, o papel do desporto no envelhecimento. “Sou uma mulher na menopausa, tive dois filhos, a minha saúde não esteve sempre bem”, explica, acrescentando, num tom meio sério, meio de brincadeira: “o spinning ajuda-me a sentir mais forte, mais viva e a relacionar-me melhor com o meu espelho”.
Não são atletas profissionais, nem jovens que entram, sem esforço, nas atividades desportivas. São pessoas que começaram tarde e do zero, lutando pelo seu bem-estar e pela sua saúde e que, de repente, se apaixonaram pela prática do desporto.
Maria Almeida é a mais velha do grupo. Mas a idade não lhe pesa. Quando o 1001 Dietas lhe propôs que falasse sobre o tema deste artigo, reagiu com simpáticas palavras, ditas com entusiasmo: “faço spinning e, acreditem: ainda vou experimentar crossfit!”. Não duvidamos.
Conhece alguém que seja atleta de crossfit depois dos 35 anos? E pessoas ahe pratiquem spinning depois dos 35 anos? Pratica ou já praticou alguma destas atividades? Como foi a sua experiência pessoal? Partilhe também a sua história com os leitores do 1001 Dietas.
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