Dieta do tipo sanguíneo, polémica ou tem resultados?

Dieta do tipo sanguíneo, polémica ou com resultados?

Cada vez mais a preocupação com o emagrecimento faz parte da nossa realidade. E, derivado do interesse globalizado com a questão, um sem fim de dietas surge. Cada uma destas dietas promete ser o aliado certo para o ajudar a perder peso de forma saudável. Uma delas, é a dieta do tipo sanguíneo. Já ouviu falar dela? Conhece a polémica em torno da dieta do tipo sanguíneo? E os resultados?

Se quer saber tudo isto, venha com o 1001 Dietas saber mais sobre a questão.

Se, em tempos, era raro ouvir dizer que alguém estava a fazer uma dieta, a menos que esta tivesse sido recomendada por um médico devido a determinadas questões de saúde, a verdade é que esta já não é a realidade dos nossos dias.

O século XXI será, provavelmente, o século do fit. Mais do que nunca, as pessoas preocupam-se com as questões de saúde e com as questões da aparência.

Isto resulta numa procura sem precedentes pelos mais variados tipos de dieta, com a intenção de alcançar um reflexo desejável e uma saúde de ferro.

As propostas de dieta são várias e as dietas da moda aparecem e desaparecem diariamente.

Da dieta cetogénica, passando pela dieta paleo e avançando até às opções de seguimento nutricional e suplementação de marcas como a easyslim ou a LEV, a verdade é que o mundo começa a preencher-se de opções diversas, que, com as suas caraterísticas próprias, se propõem a ajudar todos os que querem emagrecer a cumprirem os seus objetivos.

Uma dieta que surgiu no final do século XX e que continua a ter bastantes seguidores em todo o mundo é a dieta do tipo sanguíneo.

Hoje, é sobre esta que vamos debruçar-nos, para conhecer as suas caraterísticas e também os resultados e a polémica por esta gerados.

Se também quer saber tudo sobre a dieta do tipo sanguíneo, não deixe de ler o resto do artigo.

1. Dieta do tipo sanguíneo: o que é? 

A dieta do tipo sanguíneo surgiu inicialmente no ano de 1996, pelas mãos do especialista de naturopatia, Peter d’Adamo.

Esta dieta foi promovida pelo livro “Eat right for your blood type” (na tradução, “Alimente-se da forma correta para o seu tipo sanguíneo”) e promove a ideia de que os indivíduos devem basear a sua alimentação no seu tipo de sangue para obterem benefícios para a sua saúde e conquistarem o peso ideal.

Mediante os tipos de sangue que, como sabemos, podem ser A, B, AB ou O, a dieta do tipo sanguíneo menciona três tipos distintos de alimentos: os benéficos, que se caraterizam como os alimentos que ajudam na prevenção e no tratamento de eventuais doenças; os neutros, cuja ação não promove o aparecimento nem o tratamento de doenças; e os nocivos, cuja ação pode ter efeitos negativos, agravando ou estimulando eventuais doenças.

Assim, considerando este tipo de alimento, a dieta do tipo sanguíneo acredita que a escolha alimentar deve adequar-se ao ripo de sangue de cada indivíduo, por forma a estimular o metabolismo, a melhorar a imunidade do organismo e a promover o bem-estar dos indivíduos.

As escolhas adequadas de alimentos para o tipo de sangue de cada pessoa é, segundo esta dieta, a forma ideal de reduzir o peso corporal e estimular a saúde.

2. Como funciona a dieta do tipo sanguíneo?

Considerando a adequação da alimentação ao tipo de sangue de cada pessoa, esta dieta propõe quatro tipos distintos de alimentação, sendo que cada tipo sanguíneo tem uma dieta correspondente.

Desta forma, as pessoas com sangue do tipo O deveriam ter aquilo que a dieta menciona como a “dieta do caçador”.

Estas pessoas deveriam impulsionar o consumo de proteínas animais, já que o seu aparelho digestivo, estando considerado o mais antigo, se propõe a uma alimentação essencialmente carnívora.

No parecer da dieta do tipo sanguíneo, este tipo de alimentação pode evitar doenças do foro gastrointestinal.

A carne, o peixe, as aves e determinadas frutas são permitidas a este tipo sanguíneo. Já os produtos lácteos, as leguminosas e os grãos deverão ser evitados.

As pessoas com sangue do tipo A deverão, segundo esta dieta, fazer a “dieta agrária” ou a “dieta do cultivador”. Assim, pessoas com este tipo de sangue devem alimentar-se principalmente de verduras, assumindo uma postura vegetariana e eliminando a carne vermelha da sua alimentação.

Evitar as proteínas animais é o ponto fundamental desta dieta, que afirma poder evitar a sensibilidade orgânica e melhorar a saúde global das pessoas com sangue do tipo A.

Os indivíduos com sangue do tipo B têm, segundo a dieta do tipo sanguíneo, o organismo melhor preparado para a diversidade alimentar e, por isso, a dieta destas pessoas é considerada uma “dieta nómada”.

A dieta das pessoas com este tipo de sangue pode incluir legumes, proteínas animais (excepto porco e frango) e também os lacticínios.

Ainda assim, pessoas com sangue do tipo B não deverão ainda comer alimentos como as lentilhas, o milho, o tomate ou o trigo.

Por fim, as pessoas com o tipo de sangue AB constitui uma variação das dietas propostas para as pessoas com sangue do tipo A e B, sendo uma das opções mais equilibradas e conhecida como a “dieta enigma”.

Esta dieta permite a inclusão do tofu, dos lacticínios, dos grãos, dos frutos do mar e do feijão, recomendando, ainda assim, que se evite o consumo de carne e de milho.

A dieta do tipo sanguíneo considera, ainda, que alguns alimentos poderão ser globalmente nocivos para a saúde, devendo ser evitados (ou consumidos com muita moderação) independentemente do tipo de sangue.

Estes alimentos são a cebola, o tomate, a batata, a laranja, o leite e as carnes vermelhas.

3. As polémicas e resultados da dieta do tipo sanguíneo

Não será mentira que algumas pessoas tiveram resultados efetivos na realização deste tipo de dieta e que, por isso mesmo, a dieta do tipo sanguíneo foi muito aclamada e conta ainda com bastantes seguidores em redor do globo.

Os resultados positivos obtidos com a dieta do tipo sanguíneo têm sido verificadas principalmente por pessoas que se sentem vem com o consumo de menos carne (como a dieta de tipo A) ou por pessoas que se sentem melhor no consumo de proteína (como na dieta do tipo O).

Ainda assim, o facto é que as pessoas são diferentes e os seus organismos reagem de forma distinta às mesmas dietas, pelo que os resultados obtidos pela adequação alimentar ao seu tipo de sangue poderá ter resultados… mas estes não têm, obrigatoriamente, de estar relacionados com o tipo sanguíneo de quem realiza a dieta.

Inúmeros fatores podem fazer com que o organismo se adapte e adeque à dieta selecionada.

Ainda assim, a pesquisa científica realizada em torno da dieta do tipo sanguíneo não encontrou qualquer evidência de que os resultados estivessem ancorados com o tipo de sangue das pessoas.

Embora seja verdade que existem doenças mais comuns consoante o tipo de sangue (como, por exemplo, o facto de haver uma menor tendência para pessoas com sangue tipo O sofrerem de doenças cardíacas), é igualmente verdade que não existe qualquer prova de que tal esteja relacionado com o tipo de dieta destas pessoas.

Vale a pena ressaltar que, embora a dieta do tipo sanguíneo se apresente como válida, algumas das suas variantes (nomeadamente a de tipo O ou a de tipo A) podem ser perigosas, levando a um consumo hiperproteico ou onde se sinta a carência das proteínas.

O ideal será a consulta de um profissional clínico ou de um nutricionista para saber qual a melhor opção para o seu caso específico e embarcar numa dieta segura e equilibrada.

Alguma vez experimentou ou conhece alguém que tenha experimentado a dieta do tipo sanguíneo? Qual é a sua opinião sobre esta matéria? Partilhe a sua experiência e as suas opiniões com os restantes leitores do 1001 Dietas.

Algumas fontes: drjulianopimentel  webmd  womenshealthmag  prevention  lifestyle.sapo